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Foto: Arnoldo Santos/ Lago do Curuçá/ Rio Solimões/ Município do Careiro

sábado, 10 de julho de 2010

NO AMAZONAS, AS ELEITORAS É QUE MANDAM MAIS

As eleições deste ano, no Amazonas, vão ter um toque feminino mais forte nas urnas. O Tribunal Regional Eleitoral do estado (TRE) registrou para o pleito de outubro um colégio eleitoral de 1.995.074 eleitores, dos quais 50,47% são mulheres. Mas apesar da hegemonia feminina do eleitorado apto a votar, essa vantagem se inverte na divisão de candidaturas por sexo. De 465 candidatos aos cargos eletivos registrados pelo TRE-AM até a sexta-feira passada, apenas 108 são candidatas o que representa cerca de 23,2% do total.
Entre as candidaturas proporcionais, são 7 candidatos homens ao senado contra 2 candidatas. Para deputado federal a diferença é de 42 homens contra 13 mulheres candidatas. E nos registros de candidatos a deputado estadual, 208 homens estão candidatos enquanto que 85 mulheres vão disputar o pleito. Para governo do estado, nenhuma mulher vai disputar.
Na análise das estatísticas do eleitorado, a quantidade de mulheres eleitoras cresce junto com o eleitorado total amazonense. Das eleições de 2008 para este ano, o colégio eleitoral do estado cresceu 4,7%.
As mulheres de 16 anos, debutantes no processo eleitoral, formam a maioria das eleitoras junto com a faixa etária entre 25 e 34 anos. Em níveis de escolaridade, as eleitoras com curso superior completo significam apenas 1,9% do eleitorado, enquanto que 7,7% declararam ser analfabetas. Mas a grande maioria está apenas no nível de primeiro grau, estando cursando ou concluído, somando um percentual de 41% das eleitoras.
Para conquistar essa parte significativa do eleitorado, os candidatos vão ter de considerar o perfil das eleitoras. Enquanto a campanha eleitoral não esquenta pra valer, supõe-se que a gama de indecisas é que pode significar a eleição do candidato. Por isso, ouvir o eleitor pode ser uma boa estratégia. “Eu demorei pra tirar o meu título. Só me interessei mesmo já com 34 anos e isso foi porque eu precisei dos documentos”, disse a empregada doméstica Selma de Souza que votou pela primeira vez nas eleições passadas quando já era mãe de três crianças. Já a jornalista Luziane Figueiredo, 34 anos, diz que é inconcebível deixar de votar.”Eu voto desde os meus dezoito anos e só deixei de votar uma vez porque eu tinha feito uma cirurgia e não tinha como ir (ao local de voto)...”, diz a jornalista.
Para o candidato poderia se dizer que a “sorte está lançada”. Mas como a gente espera que o processo eleitoral não seja tratado como uma disputa de quartas-de-final, resta dizer “que Deus nos proteja dos malas”.

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