A nossa Amazônia!

A nossa Amazônia!
Foto: Arnoldo Santos/ Lago do Curuçá/ Rio Solimões/ Município do Careiro

quarta-feira, 31 de março de 2010

JAMES CAMERON VAI ENVIAR CARTA A LULA CONTRA BELO MONTE

O cineasta canadense James Cameron reuniu em Manaus, nesta quarta-feira, representantes de ONGs e lideranças indígenas para fazer um alerta contra a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, localizada no rio Xingu, área de Altamira (PA). Cameron anunciou que vai enviar uma carta formal ao presidente Lula pedindo que reavalie o projeto. "Eu não sei se ele (Lula) vai ler, mas eu vou enviar a carta...", anunciou.
Cameron está na região desde a sexta-feira passada, quando veio a Manaus para participar do Fórum Internacional de Sustentabilidade. No evento, citou a construção da usina e falou do interesse de conhecer o projeto pessoalmente. "Não quis me pronunciar ante s de ver pessoalmente. Estou chegando de Altamira e Volta Grande (PA). Esse é um assunto de caráter emocional para mim. Eu ouvi líderes de centenas de grupos que serão afetados. Eu sou apenas um cineasta, mas vou fazer de tudo para ajudá-los...", disse aos jornalistas.
Representantes indígenas voltaram a criticar o projeto denunciando a histórica pressão às aldeias da região. "Pra nós serão impactos irreversíveis. Nossa terra tem uma história de pressão. Houve muito massacre dos povos nessa região. Grandes empresários que só vieram tirar riqueza da nossa região e foram embora. Foram só especular, dividiram as áreas indígenas. A (rodovia) Transamazônica foi um grande exemplo de continuidade de destruição. Pra nós empreendimento deste tipo não gera desenvolvimento. Estamos contra este empreendimento e vamos dar o nosso sangue se for preciso...", disse Sheila Juruna, representante de 19 aldeias que serão alagadas segundo o projeto da obra.
O cineasta e sua esposa anunciaram que ainda não têm um plano formado de como entregar a carta. Disse que vai tentar ser recebido pessoalmente pelo presidente Lula. "Eu costumo planejar essas ações importantes com um ano de antecedência, mas é uma questão urgente. Eu vim aqui pra falar em modo geral e de repente me vi envolvido. Os nosso planos eram sair daqui e tirar umas férias depois de cinco anos, mas agora nós viremos com a responsabilidade com essa questão", disse Cameron.
O cineasta anunciou que vai, sim, filmar parte de Avatar 2 na Amazônia. "Uma parte, sim, mas não sei quando isso será. Nós poderíamos vir aqui pra fazer algumas imagens porque a beleza da natureza não se compara àquela feita por computador...", afirmou. Ele a mulher confirmaram que vão estar de volta ao Brasil dentro de duas semanas. O casal marcou retorno para os EUA na tarde desta quarta-feira.
 

terça-feira, 30 de março de 2010

FÓRUM DE MANAUS ENCERRA COM ALERTAS E INTENÇÕES DE NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS

Empresários, políticos, cientistas, índios e demais participantes do Fórum Internacional de Sustentabilidade assinaram, no início da noite deste sábado, a Carta do Amazonas, resultado de dois dias de palestras e debates que tentaram responder a uma pergunta básica: "como obter lucro mantendo a floresta em pé?".
"Hoje, a floresta Amazônica está sob ameaça de atividades predatórias que visam o lucro imediato, sem preocupação com o impacto que causam. Declaramos tal situação ser insustentável e intolerável, e nos comprometemos como cidadãos, líderes, homens e mulheres conscientes, a defender a integridade dos ecossistemas amazônicos", diz o documento distribuído aos participantes, impresso em papel reciclável.
Em termos de negócios, os primeiros resultados já podem ser vistos, e prometem uma acirrada disputa entre dois gigantes do comércio varejista. Os grupos Pão de Acúcar e Walmart anunciaram parcerias de compra de pescado produzido no Amazonas. "A gente já fez contatos com algumas cooperativas que fazem o trabalho aqui. Não posso falar de quando os produtos vão estar nas lojas, mas a idéia é termos em nossas gôndolas pirarucu e tambaqui da Amazônia nos próximos meses", disse o diretor de comunicação do grupo Walmart Brasil, Luiz Herisson.
O grupo Pão de Açúcar anunciou a compra de 4 toneladas de pirarucu da reserva extrativista de Mamirauá, situada em Tefé (AM). "É um primeiro passo, pois vamos comercializar o peixe principalmente nas lojas de São Paulo. Mas também é um grande passo, porque vamos voltar aqui pra desenvolver junto aos produtores, junto aos frigoríficos, não só o peixe, mas todos os produtos que são produzidos de maneira sustentável", disse Hugo Bethlem, vice-presidente executivo do Grupo Pão de Açúcar.
Os negócios anunciados passaram pela intermediação da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), criada pelo Governo do Amazonas de maneira mista com o Bradesco e a Coca-Cola. "Isso prova que vale mais a floresta em pé do que ela derrubada. O que nós começamos a mostrar anos atrás hoje é um consenso. Foi gratificante ver os líderes empresariais endossarem isso com convicção", comemorou Virgílio Viana, diretor executivo da FAS.
"Agora, é colocar em prática o que as empresas, as ONGs, a imprensa e os formadores de opinião se comprometeram a fazer aqui. Há uma consciência coletiva que empurra positivamente uma agenda de tarefas construtivas para coibir, criticar e denunciar aquelas ações que visam à destruição da floresta", finalizou o coordenador do evento, o empresário João Dória Jr.

segunda-feira, 29 de março de 2010

EMTEMPO MOSTRA OS DETALHES DA NOITE DOS ITENS

Jornal Amazonas Em Tempo desta segunda-feira traz reportagem sobre a Noite dos Itens, o segundo Curral do Boi Garantido de 2010. E é claro que bombou! A reportagem, assinada pela repórter Livia Nadjanara, mostra o que ela mesma chamou de "uma prévia do que os principais personagens do bumbá farão no Festival Folclórico de Parintins, em junho deste ano". A performance dos itens foi o ponto central da matéria, mas uma reportagem complementar mostra que o Garantido tem usado de instrumentos tecnológicos para divulgar o Curral. A internet entrou como arma essencial para este objetivo. O blog do Curral também foi citado, assim como a rádio virtual VERZUL, organizada por amantes da cultura amazonense, os empresários webradialistas, Porrotó Neto e Paulo Gilberto. Sem contar também o sucesso de público que tem deixado otimistas os organizadores do Curral.

terça-feira, 23 de março de 2010

DIRETOR DE AVATAR VAI FALAR DE SUAS EXPERIÊNCIAS AMBIENTALISTAS EM MANAUS

O cineasta canadense James Cameron completa 57 anos em agosto deste ano.  É de se imaginar que sua infância, vivida em boa parte próxima ao espetáculo natural das Cachoeiras do Niágara (fronteira Canadá/EUA), teve algum ingrediente marcante relacionado com o meio ambiente. Daí que a maior obra, em termos de bilheteria do, hoje, cineasta Cameron, ter um roteiro que alerta para a exploração abusiva dos recursos naturais, o descaso com as populações tradicionais e o descontrole ético da exploração comercial, não é de se admirar. Já com uma indiscutível presença marcada na história do cinema mundial, pelos sucessos como Exterminador do Furturo, Aliens e Titanic, e por aspectos ímpares de bastidores como ter sido o homem que introduziu mulheres como suas protagonistas (Sigourney Weaver em Aliens, por exemplo), a criação de Avatar deixa Cameron credenciado para estar presente em mesas onde cinema é apenas coadjuvante entre os assuntos principais. Ele é o homem que colocou na telona uma obra com discurso ambiental para nada mais do que 7,5 milhões espectadores, seguidores em potencial de qualquer mensagem panfletária.
As experiências pessoais do cineasta mostrando o porquê da importância da preservação da Amazônia são o tema da palestra que Cameron profere no Fórum Internacional de Sustentabilidade, que acontece em Manaus (AM) nos dias 26 de 27 de Março (sexta e sábado). Cameron está previsto para falar no segundo dia do evento, depois das palestras do ex-vice presidente dos EUA, Al Gore, e do cientista que criou o termo diversidade biológica, Tom Lovejoy, além do anfitrião local, Eduardo Braga, governador do Amazonas. Depois de falas e debates em torno de teorias e experiências práticas, a palestra de Cameron deve coroar o evento com o toque artístico e figurado do que pode vir a ser o futuro indesejado da desenfreada degradação da natureza. É como se os participantes pudessem ver uma espécie de alerta imagético do que pode acontecer caso o homem não mude em suas atitudes reais. O filme de Cameron é impressionante em termos de inovação tecnológica, mas nem precisou sair dos velhos clichês para dar a uma moral da história incomoda: o ser humano tendo de buscar outros Mundos para explorar depois que usou o seu de maneira errada e o deixou estéril, mesmo que este “novo Mundo” tenha seres nativos com suas culturas e história próprias. Um enredo que lembra experiências reais da história, como a colonização norte-americana nas áreas indígenas centrais de seu território, a invasão nos campos sagrados das populações maias, incas e astecas da América Central, e a colonização do Brasil em cima dos povos que aqui já existiam antes do descobrimento.
É o recado para os homens do dinheiro que deve ser o melhor fator da presença de James Cameron, personalizado no seu blockbuster ambiental ganhador de 3 Oscar (Efeitos visuais, cinematografia e direção de arte), em Manaus. A organização do fórum espera ter a presença de 300 dos mais importantes líderes empresariais do país, e também de políticos influentes, que devem preencher a platéia do Tropical Hotel. Resta saber se o discurso ambiental da produção cinematográfica de Cameron vai ter efeito fora da sala de cinema não significando apenas um incremento na bilheteria acumulada de seus filmes premiados.

O HOMEM QUE CRIOU O TERMO DIVSERIDADE BIOLÓGICA

Thomaz  Lovejoy é daqueles cidadãos que usa todo o considerável conhecimento adquirido em décadas de academia para falar a pessoas certas, nos momentos certos e nos ambientes propícios às mudanças que ele acredita serem necessárias para a melhoria geral do planeta. Detentor de um invejável currículo funcional, que inclui ter sido conselheiro do presidente da Fundação das Nações Unidas na área de biodiversidade, cientista chefe do reconhecido Instituto Smithsoniam (EUA),  o primeiro a falar o termo “diversidade biológica”, em 1980, e o pioneiro na difusão da idéia de compensação financeira em troca da conservação da natureza, Lovejoy usa todo o seu knowhow na liderança de obras e instituições ambientais para falar diretamente a uma classe que considera essencial para inverter o que ele mesmo chama de “descaso com o que o homem trata o seu habitat”. Tenta convencer o empresariado mundial da possibilidade de haver lucro com a conservação do meio ambiente. Pra isso mostra vários caminhos baseados na ciência que pratica junto com centenas de outros cientistas.
A mensagem otimista para os empresários, prioritariamente os mais poderosos do planeta, vai ter mais uma rodada de defesa na abertura do Fórum Internacional de Sustentabilidade que será realizado em Manaus (AM) nos dias 26 e 27, sexta e sábado próximos. Lovejoy abre, na manhã de sexta-feira, a programação que inclui ainda palestras do cineasta norte-americano James Camerom e do ex-vice-presidente dos EUA, Al Gore. O tema da palestra é “Estratégias de conservação na Amazônia e conseqüências para o país do desmatamento”.
E é falando a linguagem de mercado que Lovejoy sempre se dirige aos empresários. Ele tenta mostrar que conservar dá lucro e isso é possível a começar pela teoria da compensação ambiental, consolidada no conceito de REDD (redução de emissões do desflorestamento e degradação). Na prática, é a compensação monetária dos países poluidores àqueles  que conseguissem determinado índice de redução de emissão não somente de gases poluentes (carbono), mas de todo tipo de resíduo na natureza, ou mesmo àqueles que conseguissem um determinado índice de conservação de seus recursos naturais. Do Brasil, Lovejoy cita exemplos como do Estado do Amazonas, que tem um programa de compensação para as populações tradicionais que mantém a floresta em pé.
O fórum será uma boa oportunidade de Tom Lovejoy defender suas teses. A platéia estará repleta de atores em potencial para estas mudanças de comportamento de mercado. O evento é uma iniciativa do LIDE (Líderes Empresariais), uma associação de empresários que defendem a ética nas relações corporativas entre si e com os governos, além de pregar o fortalecimento da livre iniciativa no Brasil. O objetivo prático da organização é reunir 300 dos empresários e governantes mais influentes do país em um debate sobre as conseqüências das mudanças climáticas mundiais em cima da Amazônia.

PRÊMIO NOBEL DA PAZ VEM A MANAUS FALAR DE AMAZÔNIA

Desde que ganhou o Nobel da Paz e teve o documentário Uma Verdade Inconveniente, o qual protagonizou, premiado com o Oscar, os dois fatos em 2007, o “ex-futuro presidente dos EUA”, como costuma de se chamar, Al Gore se tornou um dos mais conhecidos defensores de medidas urgentes para brecar as consequências catastróficas das mudanças climáticas do planeta. As pregações de Gore se baseiam em duas idéias principais: as de que as soluções devem partir de uma escolha coletiva mundial, mas que isso só pode sair do papel se houver vontade política. Das duas premissas surgem também o otimismo de Gore diante das soluções já disponíveis do Mundo e o alerta de que os maiores países poluidores têm de fazer sua parte, evoluindo com suas respectivas políticas ambientais o que significa leis que garantam a sustentabilidade do uso dos recursos.

Vice-presidente da gestão de Bil Clinton, o norte-americano Albert Arnold Gore Jr, que completa no próximo dia 31 de março 62 anos, é um dos palestrantes do Fórum Internacional de Sustentabilidade que acontece em Manaus (AM) nos dias 26 e 27 (sexta e sábado). Além de Gore, estão confirmadas as presenças de mais dois nomes ligados à causa internacional ambiental: o cientista Tom Lovejoy e o cineasta James Camerom, diretor das duas maiores bilheterias da história do cinema. Avatar e Titanic.

Gore deve ter uma platéia bem definida e selecionada, justamente o público para quem ele destina a maior parte de seu discurso. O fórum espera reunir mais de 300 empresários e líderes políticos brasileiros. Isso porque o discurso dele baseia-se na união de evolução tecnológica que gere novas matrizes de produção e distribuição de energia. Tanto que sempre cita as iniciativas de implementação de redes inteligentes que usem, por exemplo, a energia produzida por biomassa (como o biocombustível da cana-de-acúcar), a energia eólica e a solar. Com tecnologia disponível precisa-se da adesão dos empresários para que mudem paradigmas históricos de produção. Aceitem gastar mais, investir em tecnologia em seus parques industriais para que se obtenham produtos tanto quanto aceitáveis no mercado porém com o preço ambiental menor. No meio dessa combinação tecnologia-mercado, ficam os governos com a responsabiliade de implementarem suas políticas ambientais de maneira a organizar e sistematizar planos de compensação aos que não deixam de poluir, mas os que conseguem manter seus recursos o mais intactos possíveis. Nessa lógica é que Gore sai pelo mundo defendendo também a criação do imposto sobre carbono, aquela compensação internacional dos países que conseguem manter o menor possível a degradação de seu meio ambiente. Teoria que cabe muito bem na tese do imposto sobre q quantidade de carnono que a Amazônia consegue absorver pela sua floresta mantida de pé.

Na platéia do fórum, estarão cientistas, empresários e políticos, os três atores principais indicados por Gore para que esta novela tenha um final feliz. Em termos de lucidez de mensagem, o documentário de que participou chama atenção pela sua objetividade e didática. Uma linguagem simplificada pela tecnologia dos gráficos, edição e roteiro. Facilmente entendida por qualquer platéia estudantil. Mas parece que Gore não pensava em falar fácil para atingir estudantes ou o povo em geral. Era mesmo para que os verdadeiros atores da escolha coletiva, necessária para brecar o ocaso ambiental do planeta, não tenham a chance de dizer que não entenderam os alertas dados por ele nos últimos três anos em pelo menos 30 grandes encontros chamados “cúpulas de soluções” pelo mundo. Manaus deve ser mais uma das pregações do profeta que não quer ver suas visões negativas de futuro concretizadas. Por isso divulga otimismo como ingrediente psicológico principal para mobilizar a minoria poderosa que realmente pode fazer alguma coisa pelo planeta.

domingo, 14 de março de 2010

JORNALISTAS GARANTIDO(S), UNI-VOS!

Mais uma vez, a temporada de ensaios dos bois começa. E, com ela, o discurso conhecido das diretorias de que há pouco dinheiro em caixa e, por isso, não sobra algum para as coisas, digamos, consideradas não-prioridade. Uma delas é a divulgação pela internet. Assim, alguns colegas jornalistas se uniram para tentar fazer isso de maneira voluntária sem que se gaste muito, além de tempo, sono e gasolina dos próprios carros. Dessa inciativa, surgiram curraldogarantido.blogspot.com, o www.twiiter.com/curraldogarantido e o www.orkut.com/curralgarantido. Vamos ver se a rapaziada internauta tá atenta ao movimento. Boa navegada no dois pra lá e dois pra cá!