A nossa Amazônia!

A nossa Amazônia!
Foto: Arnoldo Santos/ Lago do Curuçá/ Rio Solimões/ Município do Careiro

quinta-feira, 22 de julho de 2010

GARIS DE MANAUS TROCAM AS RUAS POR SALA DE AULA

A sede da secretaria de limpeza pública de Manaus (Semulsp) ganhou, esta semana, uma sala diferente. Ao invés de almoxarifado, viveiro de plantas, depósito de reciclados e garagem, o órgão tem agora uma sala de aula. É o local onde, nos próximos três anos, 23 garis da prefeitura vão frequentar o curso de alfabetização gastando três horas diárias do horário de serviço. O curso surgiu de uma parceira entre a secretaria de limpeza pública e a Fundação Escola de Serviço Público Municipal (Fespm), órgão responsável pela capacitação do servidor público da capital amazonense. “A fundação escola trabalha com a formação continuada do servidor municipal. Nós vimos a necessidade dessa parceria com a Semed, pelo levantamento que fizemos com o senso (administrativo) nós percebemos que ainda temos dentro da prefeitura servidores não alfabetizados…”, disse a diretora de capacitação da Fespm, Jeânia Bezerra. A estimativa, segundo Jeânia, é de que a prefeitura de Manaus tenha ainda um universo de 2 mil servidores não-alfabetizados, distribuídos pelas diversas secretarias, de um total de 30 mil servidores da ativa.
As aulas vão ser ministradas por professores da secretaria municipal de Educação (Semed), subsidiados pelo Programa Municipal de Escolarização do Adulto e da Pessoa Idosa (Promeapi). “O público ao qual o Promeapi se destina, geralmente, alega o cansaço físico para justificar a evasão escolar. Com essa iniciativa, estamos levando a escolarização até as pessoas que dela necessitam”, afirmou Mauro Brito, gerente de educação de jovens e adultos da Semed. A localização da sala de aula e a liberação e parte do horário de serviço para as atividades escolares foram fatores determinantes para a rápida adesão e formação da primeira turma. "Eu nunca tinha tido a oportunidade para voltar a estudar e é muito bom para nós vir estudar aqui mesmo no trabalho”, disse o servidor, Antônio Reis (51 anos). Ele parou de estudar na 1ª série do ensino fundamental. Todos os servidores inscritos trabalham na sede da secretaria em funções como serviços gerais, reciclagem e e viveiro de mudas. “Ainda mais esses cursos sendo realizados na própria secretaria do servidor porque facilita mais a adesão”, disse o sub-secretário da Semulsp, Túlio Kniphoff. A idéia agora é expandir as salas de aula de alfabetização dentro dos locais de trabalho dos servidores municipais em outros órgãos que apresentam altos índices de servidores não-alfabetizados. "Este apoio das secretarias é importantíssimo para a adesão dos servidores para diminuirmos o número de não-alfabetizados na administração pública", concluiu Jeânia Bezerra.

terça-feira, 20 de julho de 2010

REPORTAGEM DO DIÁRIO DO AMAZONAS LEVANTA A QUESTÃO: LATU SENSU É EXAGERADAMENTE CARO OU É A SEDUC QUE GASTA POUCO COM OS ALUNOS DA REDE PÚBLICA?

( A reportagem abaixo, assinada pela repórter Gisa Prazeres, foi tirada do site http://www.d24am.com/ desta terça-feira. Continuando o assunto sobre o ranking das escolas do Amazonas, anunciado pelo resultado do Enem, levantamos a questão sobre o que fazer para se obter melhores resultados na sala de aula. Comparando os gastos com alunos entre os do Latu Sensu (1º lugar) e as escolas públicas, a reportagem mostra uma discrepância abissal. Porém, lembrando o post anterior deste blog, o Colégio Militar de Manaus, que é uma escola de ensino público federal, aparece em quarto lugar. Fica a questão: temos de gastar o rio de dinheiro que se gasta no Latu Sensu? É uma dúvida que todo pai, assalariado, preocupado, pode estar tendo e tentando responder)

Um mês na 1ª do Enem é 80% do custo anual de aluno na Seduc

Alunos do terceiro ano do Ensino Médio do Lato Sensu pagam R$1.100 por mês, enquanto a Secretaria de Estado de Educação gasta R$ 1.400 por ano com estudante desta série.
Foto: Evandro Seixas 11/12/05 Seduc informou que gasta R$ 1.400 com um aluno do terceiro ano do 
ensino médio por ano. 
Os alunos da escola particular de Manaus com o melhor desempenho, no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2009, pagam por mês, o equivalente a 80% do custo anual de um estudante da rede pública para o Estado.
A mensalidade para alunos do terceiro ano do Ensino Médio, do Centro Educacional Lato Sensu, é de R$1.100. Segundo a assessoria da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), um aluno de nível Médio da rede pública estadual custa R$ 1.400 ao ano, valor em que estão inclusos os gastos com salários de professores, livros didáticos e merenda.
Por ano, os responsáveis pelos alunos do Lato Sensu gastam R$13.200 só com a mensalidade escolar, valor que representa, anualmente, o custo de nove alunos para o Estado.
O desempenho das escolas foi divulgado, ontem, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) do Ministério da Educação (MEC), no qual aparece em primeiro lugar, no Amazonas, o Lato Sensu 2, no Centro, com média de 692,24 pontos; seguido do Lato Sensu do Adrianópolis, zona centro-sul, com 675,95; Fundação Nokia de Ensino com 666,22; Colégio Militar de Manaus com 658,59 e Colégio Nossa Senhora do Rosário, em Itacoatiara (a 176 quilômetros a leste de Manaus) com 657,96.
Entre as sete escolas particulares com melhor desempenho, no Enem 2009, as mensalidades variam de R$ 605, no Centro Educacional La Salle, a R$1.100, no Lato Sensu.
Para a psicopedagoga Cláudia Brasil, a família tem um papel importante no desempenho escolar do aluno. “Quanto mais a família acompanha e incentiva o aluno, mais ele terá vontade de estudar”.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

COLÉGIO MILITAR DE MANAUS VIROU UMA ILHA NO MEIO DAS PARTICULARES. AMAZONAS TEM A ESCOLA COM A PIOR NOTA DO ENEM.

O resultado do Enen, divulgado nesta segunda-feira, mostra a hegemonia das escolas particulares entre os primeiros lugares do ranking do Amazonas. Nada que seja diferente ao resultado geral nacional, mas há de destacar três detalhes interessantes colocações. Um deles é o Colégio Nossa Senhora do Rosário, do município de Itacoatiara (360 km de Manaus) que aparece como quinto lugar. Em se tratando de escola do interior do estado, um resultado gratificante e surpreendente, mostrando que o bom ensino independe de colocações geográficas. Depois, vimos o 3º lugar do Colégio Militar de Manaus, prova de que não é preciso rios de dinheiro para se obter bons resultados da sala de aula. Ensino público federal, sob a responsabilidade do Ministério da Defesa, Comando do Exército, o CMM se destaca todos os anos entre os melhores do Amazonas. Enfim, a gente vê uma escola do Amazonas no último lugar do resultado geral do MEC. A Escola Estadual Indígena Dom Pedro I, localizada na zona rual do município de Santo Antônio do Iça (região do Alto Solimões) obteve 249,25 pontos no Enem. A média mínima é de 500 pontos, segundo o Instituto Nacional de Ensino e Pesquisas Educacionais - Inep. 

quinta-feira, 15 de julho de 2010

MAS QUE FRASEZINHA SEM VERGONHHHHAAAAAAAA!


Analise com atenção a foto acima. Na verdade, as inscrições da parte traseira do ônibus alternativo que trafegava, na tarde desta quinta-feira, pela avenida Getúlio Vargas, centro de Manaus. Telefones de contato do IMTU ( que agora, é IMTT - Instituto Municipal de Transporte e Trânsito), numeração do veículo, símbolo da Prefeitura de Manaus, o poder que concede a permissão de trafegar pelas ruas da cidade, cobrando pelo serviço de transporte coletivo alternativo. O que destoa do corriqueiro, legal, é tão somente a frase "CUIDADO POSSO PARAR".
Na prática, a frase simboliza a bagunça que virou o transporte coletivo da cidade de Manaus. Esse aviso signfica, no final das contas, que o motorista pode pararm em qualquer lugar, de qualquer via, a seu bem entender, independentemente de lei de trânsito. E o motorista que venha atrás que se dane, né? Pois é isso que está acontecendo na prática. É como se o motorista colocasse a inscrição na parte traseira do seu carro particular: CUIDADO QUE EU POSSO PARAR A QUALQUER MOMENTO.
O aviso do microônibus tira o ônus do motorista caso ele cause algum acidente? Duvido muito que se pense assim, nem dentro das empresas, nem dentro da fiscalização. Fica aqui o registro da imbecilidade de quem planejou, mas principalmente que permitiu essa gambiarra. E olha que, pra completar, querem também oficializar o serviço das mototaxis. Imagina isso aqui em 2014!

quarta-feira, 14 de julho de 2010

PARINTINS SOB OLHAR DE UM SUÍÇO QUE MORA NA COLÔMBIA

Luca Zanetti, fotógrafo, nascido na Suíça, hoje morando em Bogotá (Colômbia), foi a Parintins pela primeira vez este ano. O trabalho, encomendado por uma revista européia, virou um ensaio fotográfico com sensibilidade profissional à toda prova. Uma pessoa de grande experiência profissional, mas nem por isso inacessível para uma profícua conversa de troca de idéias. Foi assim o nosso bate-papo inicial, em pleno bumbódromo. Meu amigo Yano Sérgio foi quem me avisou sobre a vinda dele e pediu que eu desse umas dicas sobre Parintins, o festival e suas histórias.

O trabalho final pode ser conferido no endereço http://www.fotozanetti.com/luca/reportage/bumba-meu-boi/ , bem como o trabalho em geral deste confrade. Fica a dica para quem gosta de fotografia, em especial.

terça-feira, 13 de julho de 2010

VIVALDÃO COMEÇA A VIRAR ESCOMBROS

Finalmente...e não que isso seja uma expressão de regozijo...o Vivaldão começou a virar escombros pra valer...A construtora Andrade Gutierrez começou a demolir as partes de alvenaria do estádio na manhã desta terça-feira. Para o portal Terra, escrevi este texto jornalístico abaixo.



MANAUS COMEÇA A DEMOLIR ESTÁDIO PARA A COPA DE 2014

Dois dias após o término da Copa do Mundo da África do Sul, a cidade de Manaus começou a demolição do estádio Vivaldo Lima cumprindo uma nova fase da obra de construção da Arena da Amazônia, o estádio que sediará os jogos da Copa de 2014. Em março deste ano, o Vivaldão começou a ter sua estrutura metálica desmontada, bem como a retirada de cadeiras e assessórios reutilizáveis, mas a demolição da estrutura de concreto só foi liberada na última sexta-feira com a liberação da ordem de serviço pelo governo o do estado. Todo o material foi reaproveitado e enviado para municípios do interior do estado. “Agora, começam pra valer a respirar a copa de 2014. E é importante que não percamos nenhum prazo para que, no final de dezembro de 2012, estejamos com esta arena pronta já para realização da Copa das Confederações para a qual Manaus é candidatíssima para sediar”, disse o secretário de esportes do Amazonas, Júlio César Soares.

Desde o início da manhã desta terça-feira, máquinas retroescavadeiras estão demolindo a estrutura de bares, banheiros e coberturas de concreto do estádio. Em poucas horas de trabalho, mais da metade do trabalho já tinha sido concluído transformando boa parte do estádio, que completou 40 anos de inauguração, em escombros. O secretário de esportes informou ainda que até dezembro deste ano estarão completadas duas fases importantes da obra. “Nós torcemos para que o verão seja bem rigoroso, com o sol nos ajudando para que, até dezembro, estejamos com toda a estrutura do estádio demolida e com as obras de fundações estejam iniciadas”, disse Júlio Soares.

Na parte do campo, o nível do gramado também está sendo rebaixado. Uma exigência da Fifa para atingir o ângulo de visibilidade do torcedor em relação ao campo. O projeto da Arena da Amazônia foi apresentado como uma obra ecológica, onde cerca de 95% do concreto usado virá da reciclagem da própria demolição do antigo estádio. A construtora Andrade Gutierrez, responsável pela obra, anunciou que vai instalar uma mini-usina para reciclagem do material, tanto concreto quanto argila que serão retirados durante a fase de demolição.

Depois de construída, a Arena está projetada para ter capacidade de 47 mil espectadores. A estrutura prevê ainda a instalação de restaurantes, camarotes, além de estacionamentos subterrâneos e uma cobertura em forma de um paneiro, espécie de cesto usado pelos índios da região.

A obra está orçada em cerca de R$ 500 milhões, dinheiro que virá, na sua maior parte por intermédio de financiamento do BNDES. O processo ainda não foi aprovado pelo órgão, mas foi o primeiro a ser apresentado entre os nove destinados a construções das arenas públicas das cidades que sediarão os jogos de 2014 no país. “A nossa parte já estamos fazendo. Agora, esperamos que o BNDES aprecie o nosso projeto para que possamos garantir a conclusão da obra até dezembro de 2012”, concluiu o secretário Júlio César Soares.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

UMA OPINIÃO SOBRE O VIVALDÃO DAS NOSSAS BOAS LEMBRANÇAS E O FUTEBOL DAS NOSSAS ESPERANÇAS

(Luís Cláudio Chaves, hoje juiz de direito da comarca de Manacapuru, já foi menino que, levado e incentivado pelo pai, passava tardes de domingo vendo jogos no estádio Vivaldo Lima, o Vivaldão, torcendo para o nosso querido Nacional Futebol CLube. Contemporâneo meu da Universidade Federal do Amazonas, ele foi companheiro de movimento estudantil pelo curso de direito enquanto eu, pelo de jornalismo. Hoje, compartilhamos muito das idéias sobre o futebol amazonense. Eu, que também cresci indo ao Vivaldão, da mesma forma incentivado pelo meu pai, abro espaço para reproduzir aqui, com a devida permissão concedida, o seu artigo, intitulado "Rever conceitos é preciso", postado no site da rádio CBN/Manaus. O dileto magistrado, a quem costumo chamar de companheiro, é também um bom amigo. São essas as suas palavras...)


REVER CONCEITOS É PRECISO


Mesmo prevendo o porvir: licitações, aditivos etc; e mesmo achando que se poderia construir a nova arena em outro lugar, para não se destruir o palco de tantos sonhos e emoções, tinha a esperança que, enfim, teríamos uma política para o esporte e, especificamente, ao nosso futebol. Afinal, não fazia sentido, como não faz, gastar R$ 500 milhões na construção de um estádio e outros tantos na demolição do Vivaldo Lima, sem que se tivesse um projeto para fortalecer o futebol local, única forma racional de povoar a nova construção, conferindo-lhe utilidade pós-Copa.

Dizem que no amazonas não tem futebol. Não é verdade. Nacional e Rio Negro, em 2013, no ano da Copa das Confederações, que tanto almejamos sediar, completarão 100 anos. Não se pode contar a história de Manaus, e deste Estado, sem mencionar estes e outros clubes da nossa terra. Futebol não tinha o Japão, nem os Estados Unidos, alguns anos antes de sediarem suas Copas, até porque esse esporte nem estava entre os preferidos de seus povos. O que fizeram? Criaram os meios, atraíram investimentos e, hoje, tanto a liga japonesa, quanto a norte-americana são realidade. O futebol só cresce nesses países e o reflexo nas campanhas de suas seleções é insofismável. É só observar seus resultados na Copa da África e compará-los com as edições anteriores. Aliás, não dá, porque eles nem passavam das Eliminatórias.

E aqui no Amazonas estamos dispostos a provar que eles estão errados. Nós é que sabemos das coisas. Criticam os gastos porque nosso futebol está em crise? Por que não teremos destinação para a nova obra? Então, para justificá-los - os gastos - dizemos: a arena será multiuso, não precisamos ter futebol. Que venha a Madonna!!! Mas quantas Madonnas assistiremos por ano?

É, os alemães estão errados também. Lá onde eles construíram as arenas, de onde a nossa será trazida, o futebol é o responsável pela sua utilização. Precisa-se de uns 40 eventos por ano, com média de público entre 10 mil a 15 mil pessoas, para que não dêem prejuízo.

Em 1986, último ano do Nacional na primeira divisão, embora a população de Manaus fosse menos da metade do que é hoje, o Mais Querido não jogava para menos de 15 mil pessoas. Houve campeonato Brasileiro da primeira divisão em que nos classificamos por termos maiores rendas.

Quando da criação do programa Eu Quero a Nota, do Governo do Estado, em 1999, nossos estádios viviam cheios. O futebol atraia mais público que o boi e o cinema juntos. O resultado disso, foi o acesso do São Raimundo à série B, onde ficou até 2006. Não menos que 10 mil espectadores estavam sempre no Vivaldão assistindo aos seus jogos. E olha que não era nem o Naça. E não era Série A.

Vejamos o exemplo da Espanha: antes de sediar as Olimpíadas de Barcelona - 92, desenvolveu políticas esportivas que dão fruto até hoje; e nos mais diversos esportes, atletismo, ciclismo, futebol, basquete,tênis; só para citar alguns. Então, o caminho natural e lógico é fazermos algo parecido, criando as condições para termos um time na série A e outro na série B do Campeonato Brasileiro; e com isso reafirmar nossa identidade, elevando a autoestima do povo para que volte a acreditar que o Amazonas também é capaz de produzir cultura, e não só de trazer as coisas prontas pra cá. Rever conceitos é preciso. Ainda há tempo.

sábado, 10 de julho de 2010

NO AMAZONAS, AS ELEITORAS É QUE MANDAM MAIS

As eleições deste ano, no Amazonas, vão ter um toque feminino mais forte nas urnas. O Tribunal Regional Eleitoral do estado (TRE) registrou para o pleito de outubro um colégio eleitoral de 1.995.074 eleitores, dos quais 50,47% são mulheres. Mas apesar da hegemonia feminina do eleitorado apto a votar, essa vantagem se inverte na divisão de candidaturas por sexo. De 465 candidatos aos cargos eletivos registrados pelo TRE-AM até a sexta-feira passada, apenas 108 são candidatas o que representa cerca de 23,2% do total.
Entre as candidaturas proporcionais, são 7 candidatos homens ao senado contra 2 candidatas. Para deputado federal a diferença é de 42 homens contra 13 mulheres candidatas. E nos registros de candidatos a deputado estadual, 208 homens estão candidatos enquanto que 85 mulheres vão disputar o pleito. Para governo do estado, nenhuma mulher vai disputar.
Na análise das estatísticas do eleitorado, a quantidade de mulheres eleitoras cresce junto com o eleitorado total amazonense. Das eleições de 2008 para este ano, o colégio eleitoral do estado cresceu 4,7%.
As mulheres de 16 anos, debutantes no processo eleitoral, formam a maioria das eleitoras junto com a faixa etária entre 25 e 34 anos. Em níveis de escolaridade, as eleitoras com curso superior completo significam apenas 1,9% do eleitorado, enquanto que 7,7% declararam ser analfabetas. Mas a grande maioria está apenas no nível de primeiro grau, estando cursando ou concluído, somando um percentual de 41% das eleitoras.
Para conquistar essa parte significativa do eleitorado, os candidatos vão ter de considerar o perfil das eleitoras. Enquanto a campanha eleitoral não esquenta pra valer, supõe-se que a gama de indecisas é que pode significar a eleição do candidato. Por isso, ouvir o eleitor pode ser uma boa estratégia. “Eu demorei pra tirar o meu título. Só me interessei mesmo já com 34 anos e isso foi porque eu precisei dos documentos”, disse a empregada doméstica Selma de Souza que votou pela primeira vez nas eleições passadas quando já era mãe de três crianças. Já a jornalista Luziane Figueiredo, 34 anos, diz que é inconcebível deixar de votar.”Eu voto desde os meus dezoito anos e só deixei de votar uma vez porque eu tinha feito uma cirurgia e não tinha como ir (ao local de voto)...”, diz a jornalista.
Para o candidato poderia se dizer que a “sorte está lançada”. Mas como a gente espera que o processo eleitoral não seja tratado como uma disputa de quartas-de-final, resta dizer “que Deus nos proteja dos malas”.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

ENQUANTO ISSO, NOS LARES BRASILEIROS, O TELESPECTADOR SINTONIZAVA

Registro do blog http://audienciadatv.wordpress.com durante o início da noite desta sexta-feira. Jornal Nacional no ar e a Band cutucava suas concorrentes diretas, SBT e Record. A supremacia dos Marinhos ainda é óbvia e pétrea com o JN. O telespectador brasileiro já sabe mudar de canal, mas continua vendo as notícias sob a ótica do PLIM-PLIM. A esperança é o índice da Band que mostra um suspiro de alternativa pelo bom jornalismo que a emissora vem mostrando. Pena que todas as emissoras não conseguem se desvencilhar da padronização pantomímica em casos como o do goleiro Bruno. Parece que todas se esquecem do senso de ridículo e mergulham na escalada da mesmice circense que se torna a cobertura de casos dessa natureza. Lembro das coberturas dos casos Daniela Perez, Isabela, e outros. Nessa hora, lembro apenas da única arma que o telespectador (leia-se família) ainda possui: o controle-remoto.

TRABALHO INFANTIL AINDA É PROBLEMA NO INTERIOR DO ESTADO...PARINTINS QUE O DIGA!

A auditoria do Ministério do Trabalho no Amazonas registrou, durante o mês de junho, cerca de 70 casos de exploração do trabalho infantil. Pelo menos sessenta deles foram casos que ocorreram em Parintins, durante campanha do MTb na época do festival dos bois-bumbás (Garantido e Caprichoso). "Eu vi casos muito chocantes em Parintins. Crianças catando lata, trabalhando de madrugada...", disse a auditora do trabalho, Creuza Barbosa, responsável pelo projeto que tenta erradicar o trabalho infantil no Amazonas. Ela também informou que o município de Tefé, na região do alto rio Solimões, também foi alvo de apreensões de crianças em situação ilegal de trabalho. Crianças que, pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, deveriam estar sendo atendidas em suas necessidades básicas, considerando a idade e a fase de desenvolvimento mental e físico. Creuza afirmou também que a saída para esses pais seria mesmo ter alternativas de deixarem seus filhos em escolas de tempo integral, considerando que as crianças, na maioria das vezes, está ajudando na busca pela sobrevivência, na complementação da renda da família. O desafio é atual e vai permanecer enquanto houver pouca alternativa de renda para as famílias.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

ESTUDO DA UFAM MOSTRA QUE COMPENSAÇÃO SOCIAL À POPULAÇÃO DE BALBINA É INÓCUA

Ela foi chamada por um estudo da USP de "a hidrelétrica que não deu certo". De sorte que, 22 anos depois de entrar em funcionamento parcial, a definição cabe muito bem. Um estudo de doutorado da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), assinado pelo professor-pesquisador Renam Albuquerque, lotado no campus de Parintins, mostra que a contrapartida social da empresa fornecedora, a Amazonas Energia, não tem sido suficiente para compensar o impacto causado pela construção da Usina Hidrelétrica de Balbina, nas margens do rio Uatumã, a cerca de 180 quilômetros de Manaus por estrada. O resultado negativo na economia com a inundação de milhares de hectares de floresta nativa pode ser mensurado pela condição atual da população local. O complexo elétrico, pensado ainda nos idos de 1973, para suprir Manaus de energia, não deu funciona até hoje. Tanto que a capital amazonense, para cobrir toda a demanda, vale-se de três usinas termelétricas que gastam milhões de óleo diesel por dia a custos exorbitantes. Segundo o levantamento prévio do professor Renam, "A luta pela vida nos últimos 20 anos, então dificultada pela falta de recursos naturais em abundância desde o enchimento do reservatório em 1989, ainda hoje gera conflitos interpessoais e afeta da mesma maneira o valor imaterial da floresta. Esse custo não é quantificável pela vias monetárias, de tal maneira que a constatação de quem visita o rio Uatumã a jusante, hoje, é de que a assistência social fornecida pela Amazonas Energia às populações afetadas é absolutamente insuficiente perante a magnitude da tragédia que se estabeleceu na área nos últimos dois anos, sobretudo, quando o deslocamento compulsório foi observado novamente em decorrência da cheia imprevista do rio". 
O estudo se baseia na constatação de que foi só o clima começar a dar sinais de ruptura com o regime natural e histórico das águas que a resposta das "autoridades competentes" não respondeu a contento. Com a cheia de 2009, e do anterior, várias famílias da parte debaixo do rio Uatumã, onde fica a usina, ficaram isoladas. O ramal que segue a margem do rio, onde centenas de famílias residem, ficou isolado porque vários trechos foram inundados. A empresa anunciou algumas medidas, como por exemplo a instalação de transporte gratuito ao longo do trecho inundado. As lanchas passaram a subir de descer o rio, pegando desde alunos até donas-de-casa em busca de mantimentos na cidade mais próxima, Presidente Figueiredo (104 Km de Manaus). O ramal fica inteiramente na área da usina, inclusive o porto de chegada e partida das lanchas. Mas essas medidas, segundo o estudo, não são suficientes.
"A estatal, de forma ainda surpreendente, parece não reconhecer sua responsabilidade na profunda ruptura social imposta aos povos desterritorializados -- o que gerou recrudescimento na auto-estima coletiva por causa do forçado processo de desfiliação com o território -- e tem cobrado altas taxas de consumo de luz elétrica dos ribeirinhos", diz o estudo prévio que será apresentado em forma de trabalho científico na Ufam.
Os números, já reconhecidos, corroboram para a fama nefasta da usina. Balbina inundou uma área de 2,4 mil Km quadrados para produzir 250 megawatts de energia. Tucuruír (Pará), por exemplo, produz 4,2 mil megawatts com uma área inundada de 2,8 mil Km quadrados. Se a lógica da relação custo-benefício ainda vale em termos ambientais e sociais, a provocação lúdico-científica do professor Renan vai ser mais uma ajuda pra nossa consciência.

sábado, 3 de julho de 2010

PIPOCA E FUTEBOL: O EXEMPLO QUE VEM DE NATAL (RN)

Estava no mês passado no Nordeste. E quando passei por Natal (RN), me desprendi dos meus aposentos temporários para, em uma noite bem agradável, assistir à partida entre América e ABC, partida da Copa Nordeste. Estádio do ABC, o simpático e moderno "Frasqueirão", com torcida dos dois times lotando as dependências, o que me chamou atenção foi a organização dos serviços de venda de bebidas e petiscos comuns aos estádios. Em várias partes das arquibancadas, gelerias de isopor com os vendedores uniformizados. E confesso que a impressão foi de que os vendedores já conhecem muito bem os seus fregueses. È porque vi vários deles chamando pelo nome a senhora que estava guardando um dos depósitos com bebidas. Outra cena foi que, em outra ponto, um torcedor veio querer pagar a bebida porque estava indo ao  banheiro. O vendedor disse para o rapaz que não se preocupasse. Ele podia ir tranquilo que podia pagar depois, ao final da partida.
Fora isso, o que mais me chamou mesmo a atenção foi a pipoca vendida em saquinhos com o símboldo do ABC. Resultad da parceria entre o clube natalense e a iniciativa privada. No rótulo dizia: compre este produto e ajude o seu time. Bem, em se tratando de futebol amazonense, vale o exemplo. Será que poderíamos esperar uma pipoca nacionalina, ou mesmo um amendoim são raimundense, uma banana frita fastiana? Tá dado o recado.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

ESCOLHENDO A BOA MORTALHA...ENCARNADA OU AZULADA? COISAS DE PARINTINENSE


Eis que, passeando pelas ruas ensolaradas de Parintins, deparo-me com uma funerária oferecendo caixões, digamos, customisados com as cores dos bois. Algo que me pareceu muito justo. Afinal, enterra-se com as cores do time preferido, por que não com as do boi-bumbá amado? Então, lógico que o caixão azul e branco estava fazendo dupla com o vermelho e branco. E aí, a decisão seria por conta do freguês. Uma oferta providencial para, no final das contas, evitar-se que um parintinense da gema, que nem o saudoso pai do confrade Klinger Araújo, seja enterrado com a inscrição na lápide: "aqui, jaz, contrariado, fulano de tal"...Por final, é bom mesmo combinar pra que o óbito aconteça somente depois do dia 1º de julho.