A nossa Amazônia!

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Foto: Arnoldo Santos/ Lago do Curuçá/ Rio Solimões/ Município do Careiro

terça-feira, 23 de março de 2010

O HOMEM QUE CRIOU O TERMO DIVSERIDADE BIOLÓGICA

Thomaz  Lovejoy é daqueles cidadãos que usa todo o considerável conhecimento adquirido em décadas de academia para falar a pessoas certas, nos momentos certos e nos ambientes propícios às mudanças que ele acredita serem necessárias para a melhoria geral do planeta. Detentor de um invejável currículo funcional, que inclui ter sido conselheiro do presidente da Fundação das Nações Unidas na área de biodiversidade, cientista chefe do reconhecido Instituto Smithsoniam (EUA),  o primeiro a falar o termo “diversidade biológica”, em 1980, e o pioneiro na difusão da idéia de compensação financeira em troca da conservação da natureza, Lovejoy usa todo o seu knowhow na liderança de obras e instituições ambientais para falar diretamente a uma classe que considera essencial para inverter o que ele mesmo chama de “descaso com o que o homem trata o seu habitat”. Tenta convencer o empresariado mundial da possibilidade de haver lucro com a conservação do meio ambiente. Pra isso mostra vários caminhos baseados na ciência que pratica junto com centenas de outros cientistas.
A mensagem otimista para os empresários, prioritariamente os mais poderosos do planeta, vai ter mais uma rodada de defesa na abertura do Fórum Internacional de Sustentabilidade que será realizado em Manaus (AM) nos dias 26 e 27, sexta e sábado próximos. Lovejoy abre, na manhã de sexta-feira, a programação que inclui ainda palestras do cineasta norte-americano James Camerom e do ex-vice-presidente dos EUA, Al Gore. O tema da palestra é “Estratégias de conservação na Amazônia e conseqüências para o país do desmatamento”.
E é falando a linguagem de mercado que Lovejoy sempre se dirige aos empresários. Ele tenta mostrar que conservar dá lucro e isso é possível a começar pela teoria da compensação ambiental, consolidada no conceito de REDD (redução de emissões do desflorestamento e degradação). Na prática, é a compensação monetária dos países poluidores àqueles  que conseguissem determinado índice de redução de emissão não somente de gases poluentes (carbono), mas de todo tipo de resíduo na natureza, ou mesmo àqueles que conseguissem um determinado índice de conservação de seus recursos naturais. Do Brasil, Lovejoy cita exemplos como do Estado do Amazonas, que tem um programa de compensação para as populações tradicionais que mantém a floresta em pé.
O fórum será uma boa oportunidade de Tom Lovejoy defender suas teses. A platéia estará repleta de atores em potencial para estas mudanças de comportamento de mercado. O evento é uma iniciativa do LIDE (Líderes Empresariais), uma associação de empresários que defendem a ética nas relações corporativas entre si e com os governos, além de pregar o fortalecimento da livre iniciativa no Brasil. O objetivo prático da organização é reunir 300 dos empresários e governantes mais influentes do país em um debate sobre as conseqüências das mudanças climáticas mundiais em cima da Amazônia.

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