A nossa Amazônia!

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Foto: Arnoldo Santos/ Lago do Curuçá/ Rio Solimões/ Município do Careiro

domingo, 25 de setembro de 2011

Lixo é lixo em qualquer canto, limpezas são diferentes

Manaus já vê o nível das águas dos igarapés que cortam a cidade estarem bem baixos agora. A lixarada já aparece de "cumforça" e deixa o cheiro, pela concentração de detritos, um obstáculo a mais para quem quere viver bem perto deles. Não tem rico de condomínio caro, nem pobre morador de palafita, todos sofrem do mesmo jeito. Daí que seria a hora melhor de aumentarmos a nossa discussão sobre o assunto lixo. Mas queria sugerir uma virada de mesa. Ao invés de debatermos quem e como cuidar do monstro, por que não pensamos como e quem CRIA o monstro?
Monstro que eu falo é a criatura teratológica que me vem à mente quando imagino se juntássemos todos os pets, sofás velhos, pneus, acentos de banheiro, boneca velha, tudo que não presta e que é jogado nos igarapés, e formássemos um grande ser bizarro. Imaginei um filme, no melhor estilo Jaspion, onde um grande gigante feito de lixo invade a cidade. Antes desse monstro aparecer, por que a gente não começa a tratar de como ele começa a se formar?
Ora, se tem toneladas de lixo nas orlas de Manaus - a Semulsp chega a tirar 100 toneladas de lixo dos leitos dos igarapés em apenas um dia de trabalho - é porque alguém jogou lá sem pena, nem piedade, nem consciência nenhuma da consequência para a própria sociedade. Depois, vem a cobrança ao poder público que não consegue retirar tudo. Detalhe: o poder público que nós bancamos com os nossos impostos, taxas e contribuições a mais.
No final, a gente tem que brecar a concepção do monstro, não o seu nascimento. Uma combinação mais bem feita do poder público executor, de atitudes do cidadão e de um poder de polícia e de punição. Cobrar que o cidadão recolha o lixo nos horários previstos, que ele condicione melhor seus resíduos, que ele junte tudo em lugar adequado. Mas que o poder público também disponha esses lugares para o cidadão. Que haja lixeiras (depósitos) adequadas e espalhadas pelos bairros, pelas ruas, pelos becos. Nesta combinação, meta-se um mecanismo de punição para quem não cumpre este termo de bom viver. Quem for flagrado sujando as ruas, jogando coisas nos igarapés, colocando lixo de maneira inadequada nas calçadas, tem de ser punido com multa ou sei lá o que. Uma pena de serviços comunitários, por exemplo.
Então, mano, só assim a gente começar a ter mais esperança. Até lá, muita gente vai reclamar que está sendo punido porque está sujando a "sua parte da cidade", ou algum argumento sofista parecido.
Pra terminar, sugiro uma leitura meio chata, mas de grande valia para a criação de argumentos e defesa dos bons costumes. A lei que rege o tratamento dos resíduos no país. Bom domingo e uma leitura limpa pra todos... http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2012.305-2010?OpenDocument

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