A nossa Amazônia!

A nossa Amazônia!
Foto: Arnoldo Santos/ Lago do Curuçá/ Rio Solimões/ Município do Careiro

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Notas curtas para começar uma semana preguiçosa

Minha coleguinha, jornalista, Christiane Reis, enviou texto sobre a gravação do CD e DVD 2011, acontecida em Parintins, na sede do boi, a Cidade Garantido.O evento foi no sábado (26/02), com a participação da Batucada, Artistas e o levantador de toadas, Sebastião Júnior. Vamos ver! O resultado final é uma grande expetativa pois virou polêmica entre os prós e contras, tanto torcedores do Contrário (Caprichoso) quanto gente do próprio Garantido (fogo amigo). Enquanto isso, o boi azul e branco já está bem adiantado com a produção do seu CD, que já está na prensa e deve ser lançado já neste mês de março.

BIG BROTHER BRASIL: fundo do poço

Lembrando de Érico Veríssimo, que diz se o BBB o fundo do poço da TV Brasileira, concordo a cada vez que vejo, de relance alguma coisinha sobre o programa. Não dá pra ver mais do que alguns segundos. É tanta futilidadq eu fico imaginando o perfil do telespectador que pára na frente da telinha para absorver o que passam. Fico sem palavras pra descrever minha repulsa aos participantes, aos produtores, pensadores, mantenedores e apresentadores do BBB. Nessa hora, me dá vontade de estarmos no tempo da censura. Mas como não costumo sucumbir à idiotices, continuo mesmo esperando que, um dia, a educação mude esta situação. Mude o perfil do telespectador ou mude o perfil de quem coloca essa baboseira no ar.

TODOS CONTRA A DENGUE

A campanha contra a dengue mostra que o brasileiro gosta mesmo é de mobilizações coletivas. A adesão tem sido no melhor estilo campanha contra a fome (lembram do Betinho?) Adesivos, cartazes, outdoor e até jingles bem baladinho permeiam os cantos da cidade e dials de rádio. Mas vale a pena...Saúde é o que interessa...O resto, pode vir a pé mesmo!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

CNBB e BBB...são apenas combinações diferentes?

Claro que não! A postura da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, a organização que representa os gestores e líderes da Igreja Católica no país, vem corroborar com a atualidade da discussão. Logo, não poderia deixar de publicar a nota aqui no meu blog...Então,leiam e tirem suas conclusões...Eu apoio tudo que se fala  abaixo!

NOTA DA CNBB SOBRE ÉTICA E PROGRAMAS DE TV

Têm chegado à CNBB diversos pedidos de uma manifestação a respeito do baixo nível moral que se verifica em alguns programas das emissoras de televisão, particularmente naqueles denominados Reality Shows, que têm o lucro como seu principal objetivo.
Nós, bispos do Conselho Episcopal Pastoral (CONSEP), reunidos em Brasília, de 15 a 17 de fevereiro de 2011, compreendendo a gravidade do problema e em atenção a esses pedidos, acolhendo o clamor de pessoas, famílias e organizações, vimos nos manifestar a respeito.
Destacamos primeiramente o papel desempenhado pela TV em nosso País e os importantes serviços por ela prestados à Sociedade. Nesse sentido, muitos programas têm sido objeto de reconhecimento explícito por parte da Igreja com a concessão do Prêmio Clara de Assis para a Televisão, atribuído anualmente.
Lamentamos, entretanto, que esses serviços, prestados com apurada qualidade técnica e inegável valor cultural e moral, sejam ofuscados por alguns programas, entre os quais os chamados reality shows, que atentam contra a dignidade de pessoa humana, tanto de seus participantes, fascinados por um prêmio em dinheiro ou por fugaz celebridade, quanto do público receptor que é a família brasileira.
Cônscios de nossa missão e responsabilidade evangelizadoras, exortamos a todos no sentido de se buscar um esforço comum pela superação desse mal na sociedade, sempre no respeito à legítima liberdade de expressão, que não assegura a ninguém o direito de agressão impune aos valores morais que sustentam a Sociedade.
Dirigimo-nos, antes de tudo, às emissoras de televisão, sugerindo-lhes uma reflexão mais profunda sobre seu papel e seus limites, na vida social, tendo por parâmetro o sentido da concessão que lhes é dada pelo Estado.
Ao Ministério Público pedimos uma atenção mais acurada no acompanhamento e adequadas providências em relação à programação televisiva, identificando os evidentes malefícios que ela traz em desrespeito aos princípios basilares da Constituição Federal (Art. 1º, II e III).
Aos pais, mães e educadores, atentos a sua responsabilidade na formação moral dos filhos e alunos, sugerimos que busquem através do diálogo formar neles o senso crítico indispensável e capaz de protegê-los contra essa exploração abusiva e imoral.
Por fim, dirigimo-nos também aos anunciantes e agentes publicitários, alertando-os sobre o significado da associação de suas marcas a esse processo de degradação dos valores da sociedade.
Rogamos a Deus, pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida, luz e proteção a todos os profissionais e empresários da comunicação, para que, usando esses maravilhosos meios, possamos juntos construir uma sociedade mais justa e humana.
Brasília, 17 de fevereiro de 2011

Dom Geraldo Lyrio Rocha
Arcebispo de Mariana
Presidente da CNBB
Dom Luiz Soares Vieira
Arcebispo de Manaus
Vice-Presidente da CNBB
Dom Dimas Lara Barbosa
Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro
Secretário Geral da CNBB

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O que falar para futuros jornalistas em uma sala de aula?

O assunto é Ética. Daí que não adianta ficar conjecturando, tentando achar fórmulas, tentando encontrar desculpas, tentando bolar cortinas que incubram o que acontece de verdade dentro das redações. Aluno meu da Faculdade Boas Novas me pergunta: - Professor, o que o senhor tem pra falar sobre ética para quem está começando? Minha resposta, acho até que mecanicamente, foi rápida: - Encontre a sua ética e defenda!
Acho que respondi isso pensando na minha própria caminhada dentro das redações. Hoje, vejo de maneira mais clara, não existir uma ética geral, escrita mesmo, organizada em algum canto. Porque, principalmente, não se debate isso nos meios. Não há uma iniciativa de criar algo mais organizado pra tratar da questão.
Por isso que, olhando para trás, depois de pouco mais de 19 anos de profissão, vejo que tudo o que regeu em minhas atitudes vem diretamente da minha formação moral, familiar, espiritual, acadêmica, o que acabou em formar uma norma geral dentro do meio profissional que escolhi. Se não faço jabá, se não devo nada a ninguém (digo, ninguém) que me comprometa a isenção, é porque tenho valores morais vindos e forjados fora do meio profissional, dentro da família, dentro da escola (salve, Colégio Militar de Manaus!) e também no esporte.
Dessa forma, fico pensando o que falar para meus alunos de Ética Jornalística da Faculdade Boas Novas. Vai virar explanação acadêmica? Ou apenas uma sessão testemunhal? Aceito sugestões...

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Por falar em Ética...sala de aula também é a nossa sala!

Ética jornalística tem sido tema frequente, muito mais do que já é, na minha vida. Este semestre, é uma das disciplinas que estou ministrando na Faculdade Boas Novas, para alunos de 5º Período de Jornalismo. Daí que, hoje, resolvi postar o texto que meu aluno, Rayron, me enviou, dentro deste contexto de discussão. Olhem aí:

SER JORNALISTA É...
Compromissos com a verdade e com a ética
Por Sérgio Mattos em 15/2/2011
Discurso proferido como patrono da segunda turma de Jornalismo (2010.2) da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia; Cachoeira, 5/2/2011
Prezados formandos:
Antes de tudo quero agradecer a escolha de meu nome para ser o patrono da segunda turma de jornalistas da UFRB.
Neste ano completo 45 anos de jornalismo, contando o tempo a partir do momento em que comecei a publicar meus primeiros textos em jornais. Confesso que continuo acreditando, como quando me iniciei na mais dinâmica de todas as profissões, nos compromissos do jornalista com a verdade e de servir à sociedade com ética.
Todos sabem que ao longo desse tempo o mundo mudou. O fazer jornalismo se transformou com os avanços tecnológicos. Ser jornalista no mundo competitivo de hoje não é fácil. Mas, sabemos também que o jornalismo permanece como uma das melhores profissões do mundo, uma profissão dinâmica, uma profissão que não vai torná-los milionários, mas que pode gratificar, a cada um, pela sensação do dever cumprido.
Jornalismo é uma profissão para realizadores; para pessoas que não são acomodadas; para pessoas que não estão preocupadas apenas com o próprio ego. Aliás, todos esperam que o jornalista faça coisas úteis e que pense na coletividade, antes de pensar em si mesmo.
Reflexões para cumprir o dever profissionalA partir de hoje, como portadores de diploma de nível superior, como bacharéis em Jornalismo, não pensem que logo estarão ocupando importantes cargos na imprensa nacional. Antes, procurem, mais do que durante os quatro anos de Universidade, se aperfeiçoar no que sabem fazer. Procurem executar suas tarefas com perfeição, da melhor forma possível.
Dediquem-se com paixão às suas missões jornalísticas independente da importância ou tipo de veículo e da região onde estejam trabalhando. Saibam aproveitar as oportunidades, com profissionalismo e respeitando as questões éticas, cumprindo seus deveres antes de bradar por seus direitos. Procurem aprender com os próprios erros, pois só assim alcançarão o sucesso almejado.
Meus caros formandos, confesso a vocês, sem resquícios de romantismo ou pieguice, que se tivesse hoje que recomeçar a vida profissional, escolhendo uma profissão de nível universitário, podem ter certeza, não hesitaria, escolheria ser jornalista, apesar de tudo o que se tem feito para desvalorizar esta profissão cujo maior compromisso é com a verdade e com a sociedade.
As funções sociais básicas do jornalismo são informar, educar e fiscalizar. Para exercê-las, é necessário SER JORNALISTA com letras maiúsculas, como se fossem para compor a manchete da primeira página do jornal. Portanto, pretendo, agora, passar para vocês o que penso sobre o que é ser jornalista e espero que internalizem essas reflexões para cumprir com o dever profissional, sem temer as ameaças e sem se deixar envolver em situações espúrias.
Ser cidadão e trabalhar por um mundo melhorSer jornalista é não perder a capacidade de sonhar, de acreditar num mundo melhor e de ousar. É estar em constante processo de atualização e sempre atento às questões éticas.
Ser jornalista é saber ouvir e dar voz a quem não tem.
Ser jornalista é saber respeitar a opinião dos outros.
Ser jornalista é não servir de instrumento a interesses econômicos e político-partidários.
Ser jornalista é ter certeza de que as aparências enganam. É ter um compromisso com a verdade e tentar desmascarar as verdades aparentes e camufladas.
Ser jornalista é ter consciência de que o papel da imprensa é fiscalizar os poderes, público e privado, e denunciar o que tem de errado, sem omitir o que está acontecendo de bom. Ser jornalista é ter consciência de que seu papel é investigar antes, para denunciar depois.
Ser jornalista é assumir a função de testemunha da história, apresentando relatos verdadeiros. Ser jornalista é estar consciente de que não compete a ele julgar ou condenar.
Ser jornalista é não perder a fé na profissão, é sair das redações e dos gabinetes para narrar histórias da vida real independente da plataforma a ser utilizada.
Ser jornalista é deixar de praticar o jornalismo oficial e declaratório tão em moda, para se dedicar a temas de interesse dos cidadãos.
Ser jornalista é saber educar por meio da informação. É saber a diferença entre opinião e informação.
Ser jornalista é buscar a simplicidade, é ter certeza de que não é o dono da verdade, é lutar contra a arrogância que tanto tem contribuído para esvaziar a credibilidade do jornalismo.
Ser jornalista é saber que a credibilidade é fundamental para a profissão. É ter consciência de que para se construir credibilidade se leva muito tempo, mas para destruí-la, bastam apenas alguns segundos.
Ser jornalista é lutar contra todo tipo de cerceamento às liberdades fundamentais do homem, preservando o direito de acesso às informações e o direito à privacidade dos cidadãos. Ser jornalista é ser contra todo e qualquer tipo de censura.
Ser jornalista no mundo de hoje, da tecnologia digital, é saber interagir com o leitor. É saber compartilhar as informações de forma que possam ser compreendidas.
Enfim, ser jornalista, é ser cidadão, é defender a cidadania, trabalhar por um mundo melhor e procurar ser feliz.
Que sejam felizes na profissão que escolheram.
Sejam bem vindos ao mundo real!
Muito obrigado!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Dengue no Amazonas segue a linha de recordes históricos


O estado do Amazonas pode estar passando a pior epidemia de dengue dos últimos 12 anos. A estimativa foi confirmada hoje pelo secretário estadual de Saúde, médico Wilson Alecrin. Em entrevista à rádio CBN Manaus, o secretário confirmou que o estado já tem, neste ano, 7 mortes confirmadas pela doença e mais quatro casos fatais sendo investigados com a mesma suspeita. E a perspectiva preocupante deve-se ao fato de que o período de chuvas na região, fator que propicia a proliferação do mosquito transmissor e o conseqüente aumento da transmissão da doença, se prolonga até meados de Abril, o que deve ocasionar mais casos ainda.
Sobre os números da dengue, Alecrin informou que, nesses primeiros quarenta e cinco dias de 2011, já foram notificados no Amazonas 6.491 casos da dengue. Enquanto que, no mesmo período de 2010, foram registrados apenas 663 casos. 
Em Manaus, os maiores hospitais da cidade continuam atendendo uma média de 36% de pacientes acima do normal desde que começou o ano, segundo os dados da Secretaria Estadual de Saúde. Em todo o Amazonas, nove municípios (contando com a capital) estão em estado de emergência, decretado pelo governo do estado.
Nessa segunda-feira, foi criado um gabinete de crise, reunindo órgãos governamentais, entidades civis e instituições de pesquisa para organizar as ações e avaliar o que está sendo feito para conter a dengue. “Só tem dengue, onde tem o mosquito. E ele se cria na nossa casa, no nosso trabalho, onde a água esteja propícia. Onde o mosquito tiver mais, mais vamos ter dengue”..., disse Wilson Alecrin.
No Brasil, os últimos vinte anos foram marcados por grandes epidemias de dengue nos anos de 1998, 2002, 2008 e 2010. E é a proximidade desses períodos uma das principais preocupações dos especialistas que trabalham no combate à doença.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Aonde vamos parar com nossos novos valores morais?

Antes de ser um debate propedêutico, sugiro apenas ser uma provocação. Dia desses, assistindo a um programa juvenil da TV Cultura Manaus (afiliada à Rede Brasil), vi um mocinho, rapazote que não deveria ter mais de 18 anos, mandar um beijo para "todos os que estavam vendo o programa" e também "um beijo para o meu (dele) namorado". Era horário vespertino, acho que logo depois do almoço. Aí, fiquei pensando: um dia, nós é que seremos a exceção. A família que gera indivíduos héteros é aquela considerada estruturada, normal digamos. A que gera indivíduos não héteros seria aquela que não segue os padrões, corretos em sua teoria?
Pois eis que me faço essa pergunta. É, porque na condição de pai de uma menina de 10 anos, o que vou responder quando as interpelações aparecerem?
Vou dizer que é normal? Em nome da liberdade? Em nome da felicidade? Mas liberdade de quê? Felicidade de quem?
Abobai....